A Caridade Material e a Caridade Moral

Ao nos deparamos com a palavra caridade,
intuitivamente nos vem o auxílio material ao próximo.
Levar até os que necessitam um prato de alimento,
costurar um agasalho aos que neste exato momento
passam pela dor do frio intenso de um inverno.

Comprar o medicamento ao enfermo impossibilitado de adquirir-lo,
quer por falta de condições financeiras ou
por ter de esperar junto aos órgãos públicos para ter o medicamento
que é de imediata necessidade para alívio de suas dores.

Quantos de nós já nos defrontamos
com as situações supra citadas? Creio que todos!

Hodiernamente muitos de nós que aqui nos encontramos lendo essas páginas
concerteza já peregrinaram pelas ruas da cidade ao encontro dos aflitos,
visitando as famílias a fim de levar até elas
o refrigério momentâneo em suas vidas. E ao término dessas visitas
retornamos para o nosso meio de convivido,
quer seja no trabalho, no ambiente familiar, na vizinhança, etc e
muitas vezes não suportamos o convívio com estes em nosso dia a dia,
e assim não conseguimos colocar em prática um dos ensinamentos de Cristo,
a Caridade Moral.

Sendo assim, lembremos das palavras de Jesus
“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros
o que quereríamos que nos fosse feito”.

Todas as “escolas” baseadas nos ensinamentos Cristãos
pregam estes dois preceitos, e a partir do momento
que todos os seus seguidores conseguirem colocá-la em prática
o mundo será radiante de felicidade. Pois dentro de cada um de nós,
não haveria mais o ódio, o ressentimento, a mágoa etc,
e poderíamos ir mais além, a pobreza poderia deixar de existir,
visto que, o supérfluo da mesa de cada rico,
poderia alimentar muitos pobres.

Qual será a nossa recepção após sairmos do invólucro terrestre?
Faça essa pergunta a você mesmo, e analise a resposta da vossa consciência.
Para o futuro, pense o quanto seria agradável a vós
serdes recebidos por aqueles Espíritos reconhecidos,
que vos receberão no limiar de um mondo mais feliz.

Amai, pois ao vosso próximo; amai-o como vós mesmos,
pois já sabeis, agora, que o infeliz que repelis talvez seja um irmão,
um pai, um amigo que afastais para longe.
E então, qual não será o vosso desespero,
ao reconhecê-lo depois no mundo dos Espíritos!

A Caridade moral é sabermos suportar uns aos outros,
é calar-se diante um irmão desequilibrado
que ditadas palavras tolas a vós, ou seja,
fazer-se de surdo quando uma palavra irônica
escapa de uma boca habituada a caçoar;

é não ver o sorriso desdenhoso com quem vos recebe
os seus colegas de trabalho que, muitas vezes erradamente,
se julgam superiores a vos.

Não se incomodar com as faltas alheias,
não é humildade mas sim caridade; caridade moral.

Essa, caridade, entretanto, não deve impedir que se pratique a outra.
Sendo assim, recordai-vos de que Jesus disse que somos todos irmãos,
e pensai nisso, antes de repelirdes o mendigo, o aflito, o leproso.
Pensai naqueles que sofrem, e orai.
 


Roberto F. de Oliveira
Araçatuba - SP

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