A infidelidade, a traição e a ingratidão em família A infidelidade, a traição e a ingratidão são demonstrações de profundo egoísmo por parte de quem fere um ente querido, gerando nele inconformidade, revolta, desequilíbrios íntimos e, muitas vezes, traumas, ódios violentos ou desejos de vingança. Essas desvirtudes, às vezes, ocorrem entre pessoas muito ligadas na própria família, afetando o cônjuge, o pai, a mãe ou os filhos, e gerando muito sofrimento e profunda incompreensão por essas ações imprevistas que denotam falta de reciprocidade no amor. Nessas dolorosas circunstâncias, o Espiritismo vem em nosso socorro ensinar-nos que o perdão para essas faltas é uma nobreza da alma, que liberta o Espírito atingido daqueles que ainda não alcançaram um nível adequado de desenvolvimento moral. Por outro lado, o Espiritismo nos alerta que os Espíritos ainda imperfeitos estão sujeitos ao fracasso ante as provas e os compromissos assumidos na vida material, o que ocorre com a prática dessas atitudes infelizes. Ainda, com relação ao perdão às ofensas recebidas, o Espiritismo recorda-nos os valiosos ensinamentos de Jesus, de forma que não devemos guardar mágoas, e dentro da vigilância e da prudência, devemos transformar inimigos em amigos, através da reconciliação. Assim, crescemos espiritualmente com as experiências difíceis que adquirimos praticando as virtudes. O maior erro que podemos cometer, quando somos vítimas de infidelidade, traição ou ingratidão, é revidarmos as agressões recebidas, promovendo gestos de vingança. Somente as condutas elevadas, que retribuem com o bem o mal recebido, sustentam a nossa consciência tranqüila. Mas, se mesmo após os nossos esforços para a corrigenda, o agressor desequilibrado persistir no erro, devemos entregar o caso à justiça de Deus que "dá a cada um segundo as suas obras"; E nos afastarmos das pessoas que nos dão profundas desilusões, observando a recomendação sábia do Espírito Emmanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier: "Se depois de sacrifícios inumeráveis em favor de parentes determinados e isso acontece freqüentemente entre pais e filhos, no íntimo, que a tua consciência se reconhece plenamente quitada para com eles, sem que esses mesmos familiares, após longo tempo de convivência, demonstrem o mínimo sinal de renovação para o bem, deixa que sigam a estrada que melhor se lhes adapte ao modo de ser, porque as Leis da Vida não te obrigam a morrer, pouco a pouco, a pretexto de auxiliar aos que te recusam o amor". Fonte: Mensagem "Ligações Familiares"
contida no livro "Calma", de edição GEEM)