Na aula em que foi tratado do tema "A família Espiritual", para a turma de crianças de 5, 6 e 7 anos, foi utilizada a estória "A outra Família de Maria" e alguns fatos interessantes ocorreram no transcorrer da aula, que resolvi compartilhar com vocês. Não serão utilizados os nomes das crianças, porém suas idades são reais. A estória foi contada para os evangelizandos e depois, como atividade, foi realizado um "bate papo", onde a evangelizadora fazia perguntas, a fim de avaliar se as crianças realmente entenderam a existência da família espiritual, como era a vida no plano espiritual, etc... No transcorrer da aula, as próprias crianças começaram a questionar: Criança 1 (07 anos): Tia, todas as pessoas que morrem vão para uma cidade boa como a que mora a vó da Maria? As pessoas que matam roubam também vão para lá ou vão para o inferno? Evangelizadora: Não. No plano espiritual existem cidades boas e cidades ruins. Assim, uma pessoa má, ruim, que mata, como você disse, não vai para uma cidade boa, vai para uma cidade ruim, mas não existe o inferno. Criança 1 (7 anos): Sabe o que é tia. O meu tio foi morto, ele levou três tiros e não é certo o moço que matou ele ir para uma cidade boa. Evangelizadora: É, no plano espiritual existem várias cidades e de acordo com o que nós fizermos aqui na Terra é que nós iremos para uma cidade boa ou para uma cidade ruim. Criança 2 (06 anos): Tia, a minha tia lá da escolinha (pré-escola) disse que se nós formos boazinhas nós iremos pro céu e se nós formos bagunceiras, nós iremos pro inferno. Evangelizadora: Não. Não existe o inferno. O que existe é o plano espiritual, que é todo o espaço e lá existem cidades boas e cidades ruins. Mas o inferno não existe. Da mesma forma, o céu também não existe. O que existe são cidades bonitas, boas, assim como a cidade em que a vó da Maria foi morar, com muitas flores, claridade, casas, ...e as cidades ruins são feias, muito feias, não têm jardins, flores, são escuras, muitas não têm nem casa... Assim, não existe inferno nem céu. O que existe são cidades, que podem ser boas ou ruins. Criança 3 (6 anos): Tia, a vó da Maria era boa? Ela nunca fez nada de errado? Evangelizadora:Não, a vó da Maria era uma pessoa normal, assim como nós, ela errou sim, mas ela não fazia maldade e toda vez que ela errava ela procurava melhorar para não errar mais. Criança 1 (7 anos): Tia e essas cidades ruins ficam lá embaixo, dentro da terra? Evangelizadora: Não. As cidades ficam no plano espiritual, que é todo o espaço. Criança 3 (6 anos): Tia e o diabo existe? Evangelizadora: Não. Não existe diabo. O que existe são pessoas muito más, que depois que desencarnam, vão para o plano espiritual, morar nas cidades ruins e lá eles continuam fazendo maldades. Assim, o que existem são espíritos maus, mas não existe diabo. Criança 4 ( 7 anos): E anjo tia, eles têm mesmo penas e asas? Evangelizadora: Não. Os anjos, na realidade são espíritos bons, muito bons, que só fazem o bem para as pessoas, a caridade, amam todos... mas eles não têm asas, nem penas. COMENTÁRIO: A princípio o tema da aula era a existência da família espiritual, porém, no decorrer da mesma ela teve uma conotação mais abrangente, envolvendo principalmente os mitos de céu, inferno, diabo e anjos. O que ocorreu nesta aula, poderá e com certeza acontecerá em muitas outras, ou seja, o evangelizador prepara um tema, porém a necessidade da sala é outra, o que poderá desviar o tema central. Assim, é imprescindível que o evangelizador seja uma pessoa que esteja sempre estudando, a fim de que ele tenha base para dar andamento a uma aula cujo desenrolar "fugiu" do tema previsto. Todas as perguntas realizadas pelos evangelizandos devem ser respondidas, porém as respostas devem ser adaptadas à faixa etária da turma. Assim, como na aula acima transcrita, as respostas foram realizadas de uma forma simples, para que as crianças pudessem entender, não adiantaria falar com elas sobre a existência do umbral, suas divisões, ou até mesmo da existência de cidades no interior da terra, pois isto não seria compreendido por esta faixa etária. Todavia, a maneira simples de responde-las, fez com que elas entendessem o fundamental: as suas atitudes durante a vida encarnada, contribuirá para a sua vida no plano espiritual. Frisa-se mais uma vez, é muito importante que o evangelizador esteja preparado, tenha conhecimento da doutrina, para isto, é necessário que ele estude e vivencie tudo que está transmitindo aos seus evangelizandos, pois ele não deve esquecer que uma de suas maiores funções é transmitir os ensinamentos morais aos mesmos, que não são apenas crianças, são espíritos. O evangelizador está auxiliando a formação, a educação de espíritos. (Clarice Cristina de Oliveira)< Visite a
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