Atributos da Divindade

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Olá meus caros amigos, 
companheiros de aproximadamente uma década, 
afinal este ano 2010, 
estaremos completando uma década do site Outro Lado, sendo assim, 
aqui estamos mais uma vez realizando um novo estudo, 
no qual iremos falar sobre  os atributos da Divindade.

Atributos da Divindade?! 
Você já se perguntou o que vem a ser? 
Ora, comecemos então pela definição de atributos.  
O dicionário Aurélio 
traz o seguinte significado a respeito desta palavra:
“Característica, qualitativa ou quantitativa, 
que identifica – qualquer coisa -  um membro de um conjunto observado.
 
Sendo assim, quando aplicamos a Deus, 
nós homens queremos entender as características
qualitativas ou quantitativas da natureza íntima Dele.
 
Será que nós seres humanos, 
seres imperfeitos em busca do melhoramento moral, 
podemos compreender  esta natureza íntima? Não meus amigos, 
enquanto formos imperfeitos este sentido ainda nos faltará... porém, 
quando nós não mais estivermos presos as vontades da matéria, 
quando nos verdadeiramente conseguirmos nos
 espiritualizarmos a fim de nos corrigirmos das impurezas
e estivermos próximo Dele, então conseguiremos 
ver e compreender a natureza íntima de Deus, ou seja, 
para compreendê-lo, ainda nos falta o sentido próprio, 
que só se adquire por meio da completa depuração do espírito.

Queridos irmãos, sabemos que as faculdades dos homens 
são muito inferiores comparadas 
com as faculdades dos espíritos mais elevados, sendo assim, 
fica difícil entender a natureza interior de Deus, 
no entanto, o homem pode, pelo raciocínio, 
chegar a conhecer-lhe os atributos necessários, 
suas qualidades básicas, porquanto, 
vendo o que ele absolutamente não pode ser, 
sem deixar de ser Deus, deduz daí o que ele deve ser.


Sem o conhecimento dos atributos de Deus, 
impossível seria compreender-se a obra da Criação.  
Desta forma devemos partir do seguinte raciocino lógico: 
Deus existe, pois a harmonia da obra universal 
revela que não pode ser diferente. Mas, para ser Deus, 
deve necessariamente possuir toda a perfeição, 
em grau absoluto, porquanto do contrário 
poderia ser tudo, menos Deus. Logo, Deus tem que ser eterno, 
imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.”

Não se atentar aos atributos de Deus, 
fez com que muitas religiões errassem em relação aos seus dogmas, 
por exemplo: “ as que não atribuíram a Deus a onipotência 
imaginaram muitos deuses, 
as que não atribuíram soberana bondade 
fizeram dele um deus colérico, parcial e vingativo.

Podemos assim dizer que Deus é 
a suprema e soberana inteligência, eterno, imutável, 
imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom, 
infinitamente perfeito e único.

Mas lembremos das palavras dos Espíritos 
a respeito desta idéia completa dos atributos de Deus: 
“...sabei bem que há coisas acima da 
inteligência do homem mais inteligente, 
e para as quais vossa linguagem limitada 
às vossas idéias e as vossas sensações, 
não tem expressão adequada. “ 

Para concluirmos este estudo, 
definiremos os atributos que nossa linguagem 
nos permitiu definir em Deus:

a) Suprema e Soberana Inteligência: é limitada a inteligência do homem, 
pois que não pode fazer, nem compreender tudo o que existe. 
A de Deus, abrangendo o infinito, 
tem de ser infinita. Se a supuséssemos limitada 
num ponto qualquer, poderíamos conceber 
outro ser mais inteligente, capaz de compreender 
e fazer o que o primeiro não faria 
e assim por diante, até ao infinito.

b) Eterno: Deus não teve começo e não terá fim. 
Se tivesse tido princípio, houvera saído do nada. 
Ora, não sendo o nada, coisa alguma, 
coisa nenhuma pode produzir. Ou, então, 
teria sido criado por outro ser anterior, nesse caso, 
este ser é que seria Deus. 
Se lhe supuséssemos um começo ou fim, 
poderíamos conceber uma entidade existente antes dele 
e capaz de lhe sobreviver, e assim por diante, ao infinito.

c) Imutável: se estivesse sujeito a mudanças, 
nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o universo.

d) Imaterial: a natureza de Deus 
difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, 
não seria imutável, pois estaria sujeito 
às transformações da matéria.

e) Onipotente: se não possuísse o poder supremo, 
sempre se poderia conceber uma entidade mais poderosa 
e assim por diante, até chegar-se ao ser 
cuja potencialidade nenhum outro ultrapassasse. 
Então esse é que seria Deus.

f) Soberanamente Justo e Bom: a providencial sabedoria 
das leis divinas se revela nas mais pequeninas coisas, 
como nas maiores, não permitindo essa sabedoria que 
se duvide da sua justiça, nem da sua bondade.

g) Infinitamente Perfeito: é impossível conceber-se Deus 
sem o infinito das perfeições, sem o que não seria Deus, 
pois sempre se poderia conceber um ser que possuísse 
o que lhe faltasse. Para que nenhum ser possa ultrapassá-lo, 
faz-se mister que ele seja infinito em tudo.

h) Único: a unicidade de Deus é conseqüência 
do fato de serem infinitas as suas perfeições. 
Não poderia existir outro Deus, 
salvo sob a condição de ser igualmente infinito 
em todas as coisas, visto que se houvesse entre eles 
a mais ligeira diferença, um seria inferior ao outro, 
subordinado ao poder desse outro e então, não seria Deus. 
Se houvesse entre eles igualdade absoluta, 
isto equivaleria a existir de toda eternidade, 
um mesmo pensamento, uma mesma vontade, um mesmo poder. 
Confundidos assim, quanto a identidade, não haveria, 
em realidade, mais que um único Deus.

Bem, meus caríssimos amigos, 
espero ter contribuído de alguma forma 
em vossos conhecimentos. Que Deus abençoe a todos nós.


 Roberto F. de Oliveira
                              Araçatuba/SP                     



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